Essa não é mais uma carta de amor
É uma carta endereçada a você, que veio antes desse constante terror
Lembra das coisas más que as circunstâncias me levaram a fazer?
Não foram más de verdade, só pra minha idade
Mas isso eu custei entender
Quando eu brincava de bonecas e de beijar
E por isso, com aquela pessoa, teve aquela distância
Ela foi criada, e com certeza isso não vai mudar
Larguei as bonecas, e já não brinco com nada
E deve ser por isso, talvez, que fiquei traumatizada
Quando eu brincava de cozinha e fazia cartinha
Hoje na cozinha eu vou mal
E cartinha nem mais no natal
Colar algodão em barba de Papai Noel
E dar tchau pra cada avião que passava no céu
Balançar na rede como se não tivesse amanhã
E tirar várias fotos com a minha irmã
Brincar de escolinha naquele quadro
E assistir vários desenhos na tv a cabo
Mas só os infantis e não os pra adolescentes, que falavam ‘ai, cara’
Hoje nada disso minha mãe separa
Comer bolinha colorida de leite ninho enquanto eu assistia TV Globinho
Me vestir toda de rosa, patricinha
Hoje alguns olham pra mim e dizem ‘que metidinha’
No meio de todos os problemas que mais tarde surgiram, veio Habbo Pirata
Lembra quando eu dava tanto valor pra moedas de prata?
Coisas ruins começaram a acontecer
Mas você me fez conhecer o Wesley
Muita amizade ali, mas com várias coisas acontecendo
Ele teve aquilo e foi embora daqui
Não foi só ele que você levou
E o mundo pra mim acabou.
Constante declínio
Caos genuíno
Não me curei até hoje
Apenas alívios fajutos
Mas que absurdo!
Argh, quando isso vai mudar?
30% de coisas boas entre 70% de coisas más
Passado,
Por que você teve que me sabotar?
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